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Praça da Liberdade

Praça da Liberdade em Viana do Castelo, vista da Capela de São Lourenço, Cais Novo, Darque, espelhada no Rio Lima, onde o reflexo é interrompido pelos pilares da antiga ponte de madeira que permitia a travessia do rio. O Monumento ao 25 de abril, marca a sua imponência.

Praça da Liberdade, em Viana do Castelo
Praça da Liberdade, em Viana do Castelo

Sais de prata

De um negativo com cerca de 70 ano, e ampliada uma pequeníssima parte, podem ver-se os sais de prata e a sua distribuição aleatória na emulsão revelada. A imagem original possui um detalhe e uma nitidez inconfundível que só um mestre da fotografia que viveu há muitos anos em Viana do Castelo. Trata-se de Manuel Filgueira Tilde, fotografo galego que viveu e dedicou-se à fotografia a maior parte do seu tempo de vida a Viana do Castelo. Ele é responsável por muitas fotografias que no inicio do século XX se fizeram no distrito de Viana do Castelo.

A base desta fotografia corresponde a cerca de 5mm da imagem originar. Foi digitalizada pelo processo de fotografia macro e tratada no lightroom para ajustar contraste e exposição. As duas imagem apresentadas neste artigo, fazem parte da mesma fotografia, onde um barco à vela, navega nas águas do Rio Lima, em Viana do Castelo. No barco viajam duas pessoas, um homem, o timoneiro e uma mulher que ao que se consegue perceber, transporta um bebé de colo.

Muito se poderia escrever sobre a composição, mas o objetivo desta publicação é mostrar a beleza do grão da emulsão à base de sais de prata.

Veleiro no Lima

É um veleiro no Lima. Cenário frequente desde que Viana do Castelo dispões de condições para embarcações de turismo. Cidade náutica, dispõe também diversos equipamentos desportivos ligados ao rio e ao mar. No entanto, este trata-se de um barco escola.

Este registo foi feito com uma Nikon D70 numa manhã de outubro de 2011.

Alvorecer no Rio Lima

A manhã começa serena. Viana do Castelo tem destas coisas! No silêncio matinal, ouvem-se os ruídos da economia, as máquinas do porto comercial a movimentar as cargas dos navios. Ouvem-se as gaivotas e outros seres alados. Há ligeiro movimento de veículos. Desportistas e caminhantes absorvem o ar fresco e saudável da manhã.

Mas tudo isto passa para mais um dia agitado. Fica a memória do alvorecer no Rio Lima.

79ª Volta a Portugal

Estas foram as minhas paragens na passagem da 79ª Volta a Portugal por Viana do Castelo. Tudo começa com a animação do espaço de Rádio Difusão da RTP e Patrocínios na zona da Biblioteca Municipal e Praça da Liberdade. Não passam de generalidades genéricas, mas é a visão pessoal do momento.

Quando se fotografa pelo prazer de fotografar, há fotografias que nos agradam mais que outras. As que não agradam nem aparecem, mas das outras, existem sempre aquelas que elegemos como especiais por termos dedicado mais tempo e preocupação no momento do registos, e as eleitas deste momento fora estas:

Espetáculo proporcionado por um dos Patrocínios, a exibição de Trial. Deste conjunto de fotografias não se apresentará nenhuma eleitas porque todas elas o são.

Depois do espetáculo no espaço de animação e Rádio Difusão, há que rumar à Estrada de Santa Luzia para ver aqueles que, num último esforço do dia, são a razão de tão eufórica atividade.
No caminho, um espécime de bicicleta, mas desta feita motorizada. Um moderno exemplar da harley davidson.

Subido o primeiro lanço do Escadório de Santa Luzia e paragem para assistir ao momento de passagem no último esforço do dia. Curioso é ouvir alguns forasteiros chamar a este percurso de escadaria em vez de escadório! É normal porque a mim, desde que comecei a ter domínio de palavras, e note-se que sou nascido e vivido nesta localidade, sempre me suou estrado o termo de escadório!
Pausa para descanso e verifica-se os que vão e os que ainda vem! São alguns porque muitos já lá estão.

Chegados a um ponto elegido como sendo interessante para alguns registos, prepara-se o ponto de observação. Há que assentar praça! Tomar decisões técnicas e aproveitar para registos da movimentação antes da prova e assim testar as condições da câmara fotográfica.
São ciclistas, uns mais e outros menos à maneira. São caminhantes, uns normais sobre o ponto de vista do senso comum outros normais do ponto de vista do senso pessoal, ou não! Apenas uma oportunidade de chamar à atenção. Seja como for, faz parte do momento. E ainda bem, para que não se morra de pasmo com tanta normalidade!

Nos registos antes da prova, captam-se alguns momentos dos forasteiros e residentes. É então que sobressaem alguns conhecidos, uns mais que outros, mas que nos deixam congratular com o momento.

E de entre os conhecidos, aparecem referencias no desporto de Viana do Castelo. Aqui temos o Miguel Moniz Ribeiro, atleta do Olímpico Vianense, num momento em muito diferente da modalidade que pratica.

E na espera surge o momento da anunciação! Alado, nos céus, aquele ser que anuncia a chegada dos peregrinos ciclistas! E alguém admirado regista o momento! – Eles vem ai e no meio deles chega o eleito!

O esperado momento, mas onde ainda não se sabe que chegará na frente de cada categoria. Mas que são homens de muita categoria são! Todos eles porque resistem à dureza das provas que se vão acumulando diariamente.

No entanto, tenho que salientar alguma estranheza! Na minha ignorância, questione o porquê a não comparência do ciclismo feminino nesta prova tão emblemática para o ciclismos nacional! Tanto quanto deduzo, o ciclismo feminino já terá algumas atletas de alta competição! Acho que é hora de permitir as mesmas condições!

Mais uma vez a razão de ser de muitos e muitos eventos. O público. Seres humanos insignificantes que dão significado aos que significam muito nos eventos. O significado deles depende de um elevado número de insignificantes.

É altura da cerimónia de entrega de prémios. Momentos protocolares, dos quais já fazem parte os icónicos, beijinho, beijinho e a satisfação daqueles que conquistaram os lugares cimeiros. O brinde com um belo espumante português! Um Raposeira trazido por não menos belas e simpática senhoras.

Finda a entrega dos prémios, chega a hora das conferências de imprensa. Uma subtil presença, a de Aurora Cunha que não passa anónima pelo grandioso contributo que deu ao desporto nacional.

Hora do adeus e as fotos da praxe, mas daqueles que animaram o antes e o depois do grande momento.

Por fim, aqueles que não se vêem, mas fazem parte da organização e segurança da prova. Chegam antes e partem depois! Muito antes e muito depois! Findas as cerimónias começa a desmontar tudo e prepararem-se para a próxima etapa! Mas eu achava que tinha passado por muitos camiões. À noite, quando regressava a casa, ao passar no entroncamento que dá acesso a Santa Luzia, o transito estava interrompido pela policia. O motivo eram os camiões da organização que por volta das 21h45 deixavam o local para se dirigiram a nova localidade e montarem toda a estrutura de apoio. Começo a ver passar um camião, dois, …, cinco e continuo a contar até doze e entretanto baralho-me e continuam a passar, mais dois ou três! Nisto a policia abre o transito e decido subir a rampa de Santa Luzia! No caminho cruzo com mais dois e mais adiante, mais um! Perdi a conta! Eram muitos! Um mundo sobre rodas para proporcionar a todos uns minutos de contemplação desportiva.

E assim termina mais um crónica informal de um dia importante na cidade de Viana do Castelo.

honra a Senhora D’Agonia

As festas em honra à Senhora D’Agonia, em Viana do Castelo, tem num dos seus pontos altos a procissão ao mar. Nesta manifestação religiosa em que a santa abençoa os pescadores, a nobreza, o clero e o povo, juntamente com os andores, ícones altos da fé, deslocam-se nas embarcações até ao mar, regressando ao Rio Lima, subindo até à Ponte Eiffel, regressando ao ponto de partida. Este é o barco que transporta o principal andor, o da Nossa Senhora D’Agonia.

Fonte: honra a Senhora D’Agonia Foto de Rafael Peixoto | Olhares – Fotografia Online

valha-me santo ovídio

Lá do alto da montanha, local do santo da capela, eu vi beleza tamanha, que a quis deixar numa tela.

Santo Ovídio é o patrono, da referida capela, onde um miradouro é o trono, como se fosse uma janela.

Santo que dá nome à expressão, valha-me santo Ovídio!

Na realidade não deveria ser miradouro, porque de outro lado há o rio que banha as margens de uma bela vila. A Vila de Ponte de Lima. Já o rio de seu nome Rio Lima, foi outrora conhecido pelo rio do esquecimento. Rio que os romanos batizaram de Lethes porque segundo a lenda, quem o atravessasse ficaria enfeitiçado pela sua beleza e esqueceria o nome, pátria e a família.

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fotografias com história

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Cada fotografia tem uma história.

Quando se fotografa, são reunidos numa área geométrica constituída por quatro lados um conjunto de elementos, seres vivos animados ou inanimados e/ou coisas estáticas ou dinâmicas a que se dá o nome de elementos da composição da fotografia que num sentido mais lato se poderá identificar como imagem.

Os elementos da composição que se reúnem numa imagem criam fotografias com história pelos registos temporais que possam ser identificados ou contarão a história que o seu autor queira contar e que pode ser objectiva ou subjectiva. E aqui é separado o fotografo que faz fotos do fotografo que faz fotografia.

Esta fotografia podia contar muita história, mas é apenas o skater que se retrata numa acrobacia numa marginal que poderia ser qualquer, mas que é tão só a marginal de Viana do Castelo, junto ao Rio Lima numa visão artística monocromática de alto contraste, num quase final de tarde do mês de Fevereiro.

Mas a busca incessante do equilíbrio dos elementos na composição leva a fotografia além do skater que parece levantar voo como que uma ave da fauna do Lima se tratasse. À direita as pessoas relaxam e conversam num bar que se avista num contra luz por entre o negro do alto contraste. Alguém se esgueira na direcção do rio.

À esquerda, uma casal observa as redondezas sentado sobranceiro ao rio. Ele, fotografo também, tenta captar o melhor momento do skater.

Findas as acrobacias, o skater, que para muita gente é mais um marginal, dirige-se a mim, sem me conhecer, e lança um aperto de mão e agradece o registo fotográfico, num acto social sem par, quando aqueles que os condenam, são incapazes de se dirigir a quem quer que seja e fazerem o mesmo, a menos que sejam amigos pessoais e sociais.

Por fim, a luz que deixou que fosse possível este registo, não estando em permanência no mesmo local. Por isso temos de procurá-la e modela-la de acordo com as necessidades criativas do momento.

Coisas que se vão soltando do hemisfério esquerdo e tropeçando no hemisfério direito do cérebro de; Rafael Peixoto

 

 

“déjà vu” pictórico

Hoje deu-me para o “déjà vu” pictórico num registo com “smartphone” para os “smart” que acham que o sistema não faz fotografia. Embora de qualidade reduzida, serve perfeitamente os propósitos da “web”, porque quem busca qualidade que a pague!

No entanto, e apesar da qualidade, esta fotografia revela as partes baixas de uma ponte, de seu nome Ponte Eiffel, residente sobre alicerces no Rio Lima, da história Rio Lethes, na localidade de Ana que foi vista no Castelo, mais propriamente Viana do Castelo. Lethes de esquecimento para os incautos porque do outro lado, consta da história, que a memória não se esvaiu! Esvai-se sim, a memória daqueles que quiseram singrar e necessitaram de calcorrear os caminhos da aprendizagem e gostavam de ver as suas obras, mesmo que menores, vistas e apreciadas por outros.

Diz-se ainda que em democracia todos tem direito de mostrar os seus dotes às comunidades de que fazem parte! Caso contrário só os eleitos o podem fazer e ai estamos a gerar elites de egoístas! No mesmo processo democrático dentro da ditadura imposta pelo “facebook”, as pessoas e não pessoas são livres de opinar e gostar se quiserem e quando quiserem! Tão livres que até podem mentir dizendo que gostam!

E sem mais alongamentos, porque a idade já não dá tréguas, por aqui me fico à espera de reacções que obviamente só podem vir de reaccionários, esperando no entanto o contributo de uma opinião dada por aqueles a quem lhes foi conferida a sensatez!

Ponte Eiffel