A simplicidade de bauhutte

Da complexidade da construção geométrica à simplicidade de bauhutte, pelos estudos de Almada Negreiros para a determinação do ponto de bauhutte. Um jogo de luz e sombras num ambiente virtual de modelação tridimensional.

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Bauhutte nos encontros da imagem

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Na senda do ponto de bauhutte nos encontros da imagem.

Bauhutte-nos-encontros-da-imagem

Abauhüttar as ortogonais da arquitectura

Abauhüttar as ortogonais da arquitectura é uma reinterpreção na forma como se observam as perpendiculares verticais e horizontais em linhas oblíquas, do ponto de vista do enquadramento, onde os ângulos desse ponto de vista se aproximam dos ângulos das linhas que dão origem ao ponto de BAUHÜTTE.

pôr do sol de bauhutte

Almada Negreiros não teria pensado que o pôr do sol de bauhutte poderia vir a ser uma realidade! E não é! É uma realidade que por analogia fotográfica, a linha do horizonte do pôr do sol, dificilmente se encontra na horizontalidade, fruto da certeza incerta que só meios auxiliares conseguem aproximar do nível da água! Mas a realidade da horizontalidade parece ser fictícia, já que a terra é redonda e a linha do horizonte é curva.

Se assim é, é um erro aparente procurar equilíbrio na linha do horizonte, devendo ser o seu nome correto curva do horizonte.

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Por isso a inexistência do equilíbrio seja mais uma miragem porque a sua fundamentação está baseada em conceitos fundamentalmente errados!

Mas a perplexidade da imagem pode levar-nos a pensar que aqueles que diziam que a terra é plana, tenha-se evidenciado uma esquina do mundo. Sim! Uma esquina! A esquina daqueles que tem mentes esquinados, da facilidade de pensar sem usar o cérebro e procurar fundamentar com toda a contrariedade que as massas não ousam aplicar. A facilidade de seguir as multidões poupa o desgaste de seguir a razão da racionalidade da constatação cientifica.

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Talvez Almada Negreiros fosse um desse seres que desgasta a mente em busca da razão quando nos seus estudos e obras criativas tentou demonstrar o verdadeiro caminho para a determinação do ponto de bauhutte.

Coisas de um exercito de cinco neurónios, comandados por um sexto neurónio que sofre de uma neuropatia que nada tem a ver com patos e que coabitam com os restantes neurónios do cérebro de Rafael Peixoto.

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bauhutte na fotografia

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– Professor, está bem!?

Dizia uma aluna que me observava enquanto fotografava numa exposição nos Antigos Paços do Concelho, em Viana do Castelo, sobre cartazes de cinema de outros tempos. Mas o filme que eu estava a ver era o de sempre e que me move quando saio com os alunos de fotografia. Ensinar a praticar o acto de fotografar. E a melhor forma de explicar é fazendo aquilo que parece pouco ortodoxo!

Mas voltando ao diálogo:

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– Professor, está bem!? O que lhe deu para estar para ai a fotografar a porta!?

Embora pareça uma pergunta ingénua, ela faz sentido! Faz parte da curiosidade que leva ao caminho da aprendizagem e do conhecimento! São os curiosos que captam o conhecimento porque os que criticam a possibilidade da atitude ser ridícula com ar jocoso, alimentam o ego humorístico e ficarão eternamente estúpidos e ignorantes!

Mas perante a admiração respondi:

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– Não fotografo a porta, fotografo a luz que se desenha nela!

E continuei a moldar as minhas composições estudando a melhor forma de as fixar, procurando enquadrar, pela regra de bauhutte, a fotografia. E os resultados foram os seguintes, com a fotografia nua e crua, conforme o momento do registo e que se explica:

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Exemplo 01 – Sem matrizes, grelhas ou outras orientações, apenas baseado nos estudos geométricos sobre o ponto de bauhutte e a relação com o triângulo e o quadrado que o define, quando sobrepus os esquemas do ponto de bauhutte de Almada Negreiros e de Lima de Freitas, o resultado foi surpreendente. A inclinação assumida no momento do registo é definida numa linha que coincide com a bissectriz do ângulo formado por um dos lados de cada quadrado das construções dos dois esquemas;

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Exemplo 02 – Continuando o mesmo ensaio, em mais um dos registos selecionados no processo editorial, o resultado obtido aproxima bastante da inclinação do esquema de Lima de Freitas tendendo para o interior do quadrado;

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Exemplo 03 – Por fim e no último registo selecionado, a inclinação continua próxima do esquema de Lima de Freitas, mas neste caso tendendo para o exterior do quadrado.

Obviamente que se tivesse manipulado as fotografias, a inclinação poderia ter a coincidência que desejasse, mas isso relega os estudos para a falta de genuinidade, tirando-lhe a consistência da fundamentação associada ao momento do registo.

Independentemente de tudo, o que se pretende é desenvolver o estudo de relação com a geometria das linhas, segundo o ponto de bauhutte na fotografia.

Como nota sobre os esquemas sobre o ponto de bauhutte, o esquema representado a azul é o de Almada Negreiros e o que se encontra representado a vermelho é o de Lima de Freitas.

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bauhutte de Almada Negreiros

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Analisando o ponto de bauhutte de Almada Negreiros e comparando com o de Lima de Freitas, não existe semelhança, e à posteriori, poderíamos entender que se tratasse de uma forma de obtenção do referido ponto misterioso pelo método errado.

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Sem qualquer pretensão científica, de fundamento apenas reflexivo, ambos estão corretos. Por seu lado, o ponto de bauhutte de Lima de Freitas, apresenta uma construção que leva a uma diversidade de simetrias, enquanto que o de Almada Negreiros poderia considerar-se não gozar de qualquer aparente simetria. No entanto, e observando as três formas que determinam o ponto, e que segundo a lenda; “Um ponto que está no círculo. E que se põe no quadrado e no triângulo. Conheces o ponto? Tudo vai bem.
Não o conheces? Tudo está perdido.”; não especifica a que tipo de triângulo se refere e por si só não determina se está correto ou errado! Mais uma vez reforço a ideia de que ambos deverão estar corretos. E porquê? Porque depois da justificação sucinta apresentada sobre o ponto de bauhutte de Lima de Freitas, cabe-me agora argumentar em relação ao ponto de bauhutte de Almada Negreiros. Assim, a construção que Almada Negreiros apresentada, não deixa de ter a sua validade. E senão vejamos; O triângulo que é usado nessa construção é baseado no terno pitagórico, onde o conjunto de três números naturais de valor 3, 4 e 5 ou seus múltiplos, formam um triângulo rectangulo perfeito, geometria essencial ao desenvolvimento de esquadrias perfeitas com recurso às técnicas mais elementares de alinhamentos na construção. Assim sendo, também Almada Negreiros detém a razão do conhecimento de referido ponto.

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Apesar disso, Lima de Freitas também terá a sua razão, tal como outras razões que possam advir de outros estudos e análises, desenvolvidas de forma geométrica ou matemática.

bauhutte de Lima de Freitas

Na determinação geométrica do ponto de bauhutte de Lima de Freitas, que alegadamente será a forma correta de determinação do ponto, existe um construção geométrica de alguma complexidade. O resultado, em relação ao método que Almada Negreiros determinou, diz Lima de Freitas que o mesmo não era o correto! O meu ponto de vista é que ambos estão corretos, embora a construção usada por Lima de Freitas para a obtenção do misterioso ponto de bauhutte pode ser simplificada! Não sou detentor de um estudo detalhado sobre o seu trabalho, mas posso divagar sobre o assunto. Terá Lima de Freitas chegado à mesma conclusão!? Não duvido que possa ter acontecido, mas como no “ovo de Colombo”, onde a partir da revelação do segredo todos se tornam iluminados, talvez Lima de Freitas tenha mantido o segredo. Respeitando essa forma de pensar, deixo no ar essa ideia de simplificação, sem revelar como é possivel, sugerindo a todos aqueles que o façam que mantenham o devido sigilo.

E assim, Lima de Freitas pode ter chegado ao ponto de bauhutte, que no meu ponto de vista, atendendo à sua origem, pode ser considerado o mais correto porque permite simetrias geométricas, simetrias essas que fazem parte da arquitetura gótica e muitas outras arquiteturas de estilos que se lhe seguiram, já que consta que este ponto era conhecido dos arquitetos e mestres de cantaria de então e que tem seguido até a atualidade, embora esquecido ou não referido.

No entanto, embora Almada Negreiros tenha apresentado outro método, também ele tem uma correlação com a realidade e métodos construtivos ancestrais, mas será tema de artigo próprio.

ponto de bauhutte

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O misterioso ponto de bauhutte tem a sua origem histórica há séculos atrás. Não me apraz relatar essa história bastante desenvolvida, uma vez que este é mais um trabalho de constatações e reflexões pessoais que pode ser complementada pelos diversos conteúdos disponíveis na web, produzidos por individualidades entendidas na matéria e que dedicam muito do seu tempo a trabalho bem mais científico, e que podem ser facilmente consultados. Mas voltando ao ponto misterioso, resolvi estudar a geometria que leva à determinação do ponto, repetindo as construções geométricas desenvolvidas por duas grandes personalidades da cultura e da arte portuguesa, Almada Negreiros e Lima de Freitas, acrescentando estudos pessoais.

Ambas as personalidades desenvolveram estudos sobre o assunto e ambas tem versões diferentes sobre o ponto, mas ambas as versões são fascinantes para quem gosta da geometria.

O porquê do interesse pelo tema!?

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Para quem me segue e conhece, saberá que irei estabelecer uma relação com o enquadramento da composição fotográfica e, tal como a regra dos terços ou a regra de ouro (regra do rectângulo de ouro), entre outras, esta será mais uma forma para devaneios sobre a composição fotográfica. Servirá para complementar estudos que tenho vindo a desenvolver sobre composição na procurar novas formas de demonstração do que vejo ou quero ver, numa tentativa de organizar a composição, levando à relação perfeita dos elementos da composição, para que em seguida, numa atitude de desconstrução, contrariar todas as regras, gerando o caos da composição.