Abauhüttar as ortogonais da arquitectura é uma reinterpreção na forma como se observam as perpendiculares verticais e horizontais em linhas oblíquas, do ponto de vista do enquadramento, onde os ângulos desse ponto de vista se aproximam dos ângulos das linhas que dão origem ao ponto de BAUHÜTTE.
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Fotografia de arquitetura
E quando as obras de arquitetura se assemelham a obras de arte, e o fotografo explora essa arte, o resultado só pode ser surpreendente, muito mais quando quem o faz explora a luz que define sombras da luz que se projeta na paisagem e que acaba por ser usada numa mescla de fotografia de paisagem e arquitetura, onde a sensação de emolduramento na composição se faz de dentro para fora, sendo a paisagem a moldura e a arquitetura a composição. Assume a paisagem um preenchimento discreto, minimalista, tal como toda a composição.
É o que sinto ao observar o trabalho de Alberto Selvestrel e que tenho vindo a acompanhar.
Aconselho, para que aprecia fotografia de arquitetura que o siga no seu instagram ou no seu site:
A escala humana
Ao fotografar arquitetura é muitas vezes penalizada a escala humana, mas se alguém está presente, o factor escala ganha a dimensão adequada e se esse alguém que dá escala à arquitetura representa muito para a fotografia, temos uma fotografia de arquitetura com escala e uma fotografia relevante na escala da comunidade fotográfica.
O discreto e subtil José Luís Bacelar, foi caçado nos seus ensaios fotográficos. Vale a pena seguir o trabalho fotográfico que desenvolve.
cinemar11
Sempre que vou a Vila do Conde e tenho disponibilidade de tempo, mesmo que reduzida, gosto de visitar um espaço que só pela arquitetura merece ser visitado. Mas o espaço em causa, das poucas vezes que visitei, fornece algumas exposições de interesse!
O espaço convida à fotografia de arquitetura, e embora faça sempre fotografia de arquitetura nesse espaço, em 29 de Abril de 2016, também foi feito outro tipo de registo, mais na área documental sobre uma exposição que decorria na galeria de exposições. O espaço em causa é o interessantíssimo Solar – Galeria de Arte Cinemática.
Como sempre, percorro o espaço para explorar a sua arquitetura e a luz que se desenha de forma diferente a cada hora do dia. O percurso é quase sempre o mesmo, mas há algo que difere sempre que lá passo! São as exposições que tomam conta da galeria.
Foi assim que dei conta de uma exposição, a CINEMAR que já conta com a sua 11ª edição, e que deu o nome de CINEMAR11, e esteve presente neste espaço.
E porquê só agora partilhar estes registos!?
Pela simples razão de que algo se conjugou e deu mais significado a estes registos. Não que a exposição tivesse ganho mais sentido agora, mas teve em comum Abi Feijó, entre outros, e que recentemente tive oportunidade de conhece-lo pessoalmente e o privilégio de conhecer o seu trabalho, na Casa Museu de Vilar, espaço dedicado a parte da história do cinema e à divulgação de alguma história do cinema de animação, espaço que recomendo aos amantes do cinema e em especial aos amantes do cinema de animação.
Pitões das Júnias
Um grupo de amigos movidos pelo mesmo hobby, a fotografia, encetaram uma jornada a Pitões das Júnias à procura da documentação imagética para memória futura.
Na aproximação a Pitões das Júnias, momento para contemplar o enquadramento da aldeia na paisagem. A serra, os campos e as habitações, formam um conjunto uníssono. A ruralidade é uma realidade preservada, evidente na arquitetura vernacular, mas que sinais da evolução, começa a apresentar sinais de modernidade.
As intervenções, algo pitorescas, não deixam de evidenciar alguma graça, mantendo uma evolução erudita mas fruto dos sinais do tempo. Aparte disso, também está presente um outro sinal, algo preocupante, denotado pelas ruínas que aparecem aqui e ali, mas que muitos ainda teimam em contrariar, que é a desertificação. Prova disso são os residentes que mostram que ainda vale a pena viver neste canto de Portugal.
E para que os residentes possam sentir força em preservar o que é tradicional, necessitam que seja valorizado o que fazem. Ao visitar Pitões das Júnias, encontramos um Museu que mostra muito do que já não tem uso e que as gerações mais novas desconhecem. É um espólio de memórias de tradições e costumes que se vão perdendo e que aqui deixo uma pequena amostra do espólio distribuído em dois pisos.
Na visita à aldeia deparamos com alguns residêntes que não se furtam a dar a conhecer alguma da sua história.
Os descendentes, os que trabalham nos estabelecimentos e os que trabalham o campo, adaptados à tecnologia do presente, vivendo em recônditos lugares, detém o acesso ao progresso e enriquecem-se com a sua herança cultural. Vivem no meio daquilo que muitos desconhecem, mas que se acham conhecedores.
E depois, aqueles que movidos pelo gosto de fotografar, fazem com que se crie memória futura. Registam generalidades e detalhes num complemento à memória, com o sentido da divulgação, num ato voluntário de aculturação dos que os rodeiam. Mostram o que vêem e convidam a que vão apreciar a realidade. Porque por muito boas que as fotografias sejam, a realidade é sempre mais interessante.
É então que surgem detalhes de natureza, duma flora diversa onde estes detalhes da flor de açafrão deixam trabalhar alguma criatividade do enquadramento.
E por tudo que nos rodeia, a paisagem é deslumbrante, de tal forma que uma estrada inerte, despida de qualquer beleza, apela a beleza da paisagem que a envolve. E é rica essa paisagem por tudo que a preenche. Os rochedos que denunciam o quão agreste é este meio, são embelezados por algumas árvores como se de uma jarra de flores se tratasse no airoso adorno de uma mesa.
E é isto que motiva o fotografo a experimentar um registo em modo monocromático para poder observar os contrastes de preto e branco, adoçados com os cinzentos.
arquitetura é desenhar com a luz
Fotografar é desenhar com a luz, tal como a arquitetura se desenvolve desenhando para criar formas que a luz moldará. Fotografar arquitetura é desenhar com a luz ao quadrado. É desenhar com a luz onde os arquitetos desenharam formas que são moldadas. Formas que se moldam com a luz, transformando edifícios inertes em ambientes dinâmicos.
Torre do ascensor na Praça 1º de Maio em Viana do Castelo.
