Abandonado e em ruinas, são muitos os edifícios de janelas voltadas para o azul do céu.

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Abandonado e em ruinas, são muitos os edifícios de janelas voltadas para o azul do céu.
De porta em porta existe uma passagem até à luz.
A liberdade condicionada pela grade que barra a passagam de quase tudo, onde a luz não vê barreiras, desta janela de uma casa em ruinas, ladeada por uma conversadeira de cada lado, onde em tempos as pessoas se acomodavam, a dar e a ter da vida dos outros, hoje substituidas pelas conversadeiras digitais, com assento nas redes sociais.
A janela aberta que outrora se fechava. Abria por vontade de quem habitava e hoje mantem-se fechado por vontade de ninguém!
Podia ser, negro de buraco negro, negro de falta de luz, negro de desconhecido, negro de qualquer coisa, mas é apenas um negro de um interior mal iluminado, porque o negro de buraco negro foi concebido para a astronomia, zona de sucção de matéria, negro de falta de luz podia ser, até porque é efetiva essa falta de luz, mas no seu interior ela existe em pouca quantidade, porque apesar de pouca o buraco deixa-a entrar! De desconhecido também é, mas para aqueles que não visitaram ou habitaram esse espaço interior e aparentemente inacessível!
Mas terminando a divagação, trata-se apenas de uma janela circular desenhada por quem concebeu este edifício e entendeu que seria uma solução compativel com o espaço de habitar!
Negro
Iato de tempo guardado, nesta janela do passado, voltada para a ruina, à espera de reforma, onde a estrutura definha, com a vegetação que a abraça, aumentano a desgraça, da casa que fez a graça, de quem por la passou, dos espaços desfrutando.
À espera de futuro, nesse dia de 2013, hoje é espaço habitado, depois de reformulado, para a nova realidade, de conceitos de habitação, preservando detalhes de uma antiguidade ligados ao conforto do conceito de habitar!
Entre canais e cantarias, coisas de antepassados, salta a vista dos caminhantes, por caminhos de antes cruzados, coisas que o homem engenhou!
Na abundância da chuva, a água tinha de passar! Era o vedado de pedra, que não podia reter, águas que a chuva acumulava, nesses canais de montanha, para a proteção se manter, naquelas muralhas erguidas, passagens eram abertas, com grades de ferro prendidas, nas pedras da cantaria.
Passava a água que descia e evitava o ladrão que subia! Evitava a heresia!
O tempo leva à ruína, essas construções do passado, deixando aquelas que resistem, para mostrar nostalgia.
As pedras desta abertura, deixam visível um arco, de nome sobre abatido, sobre pedras de ombreira, obra de mestre canteiro que o tempo não lembrou. Anónimos artistas pedreiros, que nas artes de esculpir, deixaram legados erigidos, sem nunca ser conhecidos!
A vegetação que cresce nas margens sobre o rio, passa despercebida no meio de toda uma flora particular. Mas há detalhes que se destacam ao olhar dos mais atentos. Detalhe captado em Vila Nova de Cerveira sobre o Rio Minho.
Praça da Liberdade em Viana do Castelo, vista da Capela de São Lourenço, Cais Novo, Darque, espelhada no Rio Lima, onde o reflexo é interrompido pelos pilares da antiga ponte de madeira que permitia a travessia do rio. O Monumento ao 25 de abril, marca a sua imponência.