Se o buraco contem tudo o que permite a realização pessoal, para quê sair dele e procurar a imensidão para além do infinito!?

Na viagem da vida, apenas vale o que se vive no buraco! Acrescentar pequenos buracos aqui e ali para que algo mais enriqueça o conteúdo. Procurar o infinito e ficar perdido no vazio do todo, é uma perda de tempo na coleta dos detalhes que se encontram perdidos! A dispersão dos detalhes perdem-se no todo e no todo tornam-se insignificantes, mas quando vividos no buraco, os pequenos nadas, ganham toda a dimensão!

E é isto a vida In the hole!

E por mais que se queira sair do buraco, vive-se no buraco das dependências! Dependências disto, dependências daquilo e demais dependências, porque tudo depende do buraco onde se vive!

É o buraco financeiro, o buraco cultural, o buraco do conhecimento, o buraco social, em suma, vivemos numa humanidade esburacada! Esburacada pelos buracos que limitam os nossos universos ou esburacada por aqueles que teima em limitar os buracos dos outros para alargar os seus buracos e assim acrescentarem mais espaço vazio ao grande buraco do universo!

Depois temos os buracos negro que sugam toda a matéria e açambarcam tudo do todo que retiram aos outros buracos! E viver In the hole, que seja uma vida num buraco iluminado, do que viver numa amalgama de um todo compactado e negro, onde espaço não sobra, sobrando a vontade de ter espaço!

Este trabalho contou com a participação de uma aluna do curso de fotografia que na riqueza da sua simplicidade, aceitou figurar para a fotografia com base no apelo à encenação.
As imagens foram objeto de tratamento e trabalhadas para uma representação de cor RGB, para além de relação entre positivo e negativo da representação monocromática e na representação de cor.