Ano Novo, vida nova com transferência de velharias para os novos dias que se adivinham, como de “novarias” se tratassem, quando na realidade, cada novo dia da nossa vida deveria ser vivido com a nostalgia do primeiro dia do ano, porque os velhos dias, os já vividos, em nada podem ser modificados porque fazem parte do passado. Viver agarrados a eles é querer viver na ratoeira da vida. Devemos viver agarrados a todo o novo dia e tentar tornar cada dia melhor, sempre que possivel e na medida do possivel. Ambicionar mais, contribuindo também na medida do possivel para a valorização dos outros sem que disso resulte egoísmos de parte a pate. A partilha tem de ser equitativa, caso contrário vai existir subjugação de uma das partes. O êxito do conjunto contribui para a valorização de todos criando um mundo melhor! Se cada um quiser viver no seu mundinho, e assim se criarem vários mundinhos, serão gerados pequenos brilhos como se de estrelas se tratassem num céu noturno. E não esqueçamos que um céu nublado aniquila esses pequenos brilhos. Se todos juntarem esforços para o brilho coletivo, a luz será um sol que iluminará cada um como fazendo parte de um todo e onde todos verão todos os outros a brilhar, tornando cada um menos visível, mas dando maior visibilidade a cada um no meio do todo. E note-se que mesmo que as nuvens ofusquem o sol, existirá luz para todos.
Mas a nostalgia da primeira coisa relevante do ano não se apaga, mesmo que seja uma banalidade, onde cada um dá a importância que quer, de forma a tornar essa coisa única.
É o casa da minha primeira fotografia do ano que teve a particularidade de registar o momento não muito frequente do aparecimento de um pequeno trecho de arco-íris em partes de nuvens no céu.