Regra de ouro na fotografia

Existem diversas abordagens às regras de composição na fotografia. Esta pretende complementar a panóplia dessas abordagens, mas com um ponto de vista centrado em alguns estudos sobre a composição baseada nas regras mais conhecidas. Neste caso será abordada a regra de ouro na fotografia, tema que já foi mencionado em artigos anteriores e que podem complementar esta informação.

O motivo desta escolha prende-se com o facto dela ser uma regra baseada no rectângulo de ouro e ser uma referencia nas artes que dependem da matemática na relação geométrica dos elementos representados.

Quanto às regras, elas existem para orientar aqueles que se iniciam na fotografia e não sabem como enquadrar os elementos na composição, ou muitas vezes, dar o devido destaque a um elemento relevante sem que os outros lhe tirem protagonismo. É frequente observar registos em que claramente se quer dar destaque a um elemento, mas todos os que aparecem próximos interferem de forma clara, deixando o observador confuso.

Note-se que para além das regras de enquadramento existem outras técnicas que podem ajudar a criar esse destaque, nomeadamente a iluminação e a profundidade de campo, entre outros.

Uma das formas que temos para desenvolver as técnicas de enquadramento é o uso de ferramentas digitais para análise e reenquadramento, que há uns anos eram difíceis de adquirir mas que agora começam a estar a preços bastante acessíveis e outras até gratuitas.

Obviamente que as aplicações gratuitas acabam por estar limitadas, mas que são um preciosos auxilia para quem precisa de ajuda, e pela experiência, muitas delas cumprem bem o objectivo de quem anda na fotografia de uma forma lúdica.

Voltando ao uso das regras, quando não se tem formação, deve-se começar pela autocrítica, observando os registos e avaliando o enquadramento, treinando de uma forma visual a organização dos elementos e com auxilia de diagramas visuais, reforçar essa organização. O treino é uma das melhores formas de capacitação visual, ao ponto de em determinada fase, as fotografias obtidas possuírem esse enquadramento de forma empírica.

Mas como em tudo, a regra não podem ser inibidora da liberdade pessoal, sob pena de limitar a criatividade individual. Sempre que se entender, deve-se romper com a regra.

Para este artigo, foram desenvolvidos dois diagramas com o objectivo de ajudar a compreender o enquadramento na regra de ouro. E porquê a regra de ouro?

Simplesmente, de uma forma básica, assemelha-se bastante à regra dos terços, sendo a localização dos pontos notáveis da regra dos terços muito próximos dos da regra de ouro. Por outro lado entendo que a liberdade de organização dos elementos não deve ser restringida por uma base demasiado geométrica.

O primeiro diagrama foi desenvolvido pelo cruzamento das linhas de força que dão origem aos pontos notáveis e que tornam a composição demasiado geométrica e vincam a regra no seu todo.

Há diversos grupos de elementos que se destacam nesta análise, mas só serão abordados aqueles que foram determinantes no momento do registo e foram apenas três:

  • As árvores do lado esquerdo;
  • Os arbustos rasteiros do lado esquerdo;
  • E o percurso.

As árvores são determinantes pelo peso que tem ao nível do ambiente local como elemento fundamental da paisagem;

Os arbustos do lado esquerdo servem de base ornamental às árvores e tem uma forte e uniforme expressão sobe a desorganização da verticalidade dos troncos das árvores;

O percurso aponta para a linha do horizonte ao nível do olhar o observador, determinando um ponto de fuga para onde convergem todas as linhas;

Esta é uma abordagem mais geométrica, mas a fotografia é um todo com elementos em destaque desenvolvendo um diagrama à base de zonas com a regra de ouro, podemos observar a composição no seu todo com um destaque discreto dos pontos notáveis.

Nesta abordagem podemos ver em destaque o pondo de fuga na linha do horizonte do observador, reforçada pelos arbustos do lado esquerdo, mas todos os restantes elementos são um todo. Por isso, quando usamos regras, a a maioria dos equipamentos de registo fotográfico digital, tem ferramentas visuais para o auxilio do enquadramento que podem ser utilizadas e numa fase inicial até devem, mas o desenvolvimento do treino visual, liberta o potencial do observador para outros detalhes que podem ser importantes.

Numa nota final a este artigo, sugere-se que as regras sejam: estudadas como forma de educação do enquadramento visual; usadas para facilitar a organização dos elementos da composição; e quebradas sempre que se entender por motivos pessoais, de conceito ou de criativos.

Sol nascente

É comum o fascínio pelo sol poente e facilmente perceptível a razão desse momento despertar tanto interesse. Ele ocorre ao final da tarde e normalmente coincide com horário em que muita gente já terminou a sua obrigação laboral, usufruindo do momento contemplativo para relaxar do cansaço de um dia agitado.

No entanto, o sol nascente, não deixa de ser tão belo quanto o sol poente, mas ocorre de manhã cedo, muitas vezes quando já se está a trabalhar ou preparar para tal, não dando tempo a que se possa contemplar. Mas quem vive numa casa voltada para sol nascente, acaba por desfrutar desse momento mágico.

O registo que se apresenta a seguir é uma representação monocromática desse momento, emoldurada pela paisagem envolvente.

Nikon Z6 Nikon Z7

Há rumores sobre a Nikon Z8 e a Nikon Z9!