Olhando para o cortejo vemos que o futuro vem ai! As crianças de hoje serão os adultos de amanhã! São os que fazem a manutenção da cultura, aqueles que aprendem a preservar o que é de preservar, mas que deverão desenvolver espírito critico construtivo para que aquilo que ainda é belo não caia no marasmo da saturação! Aqueles que deverão inovar, pegando nos valores e integrar nessa inovação!
Mas no que respeita à parte humana, muitos se levantarão a dizer: Coitadinhos, são criancinhas a fazerem um sacrifício tão grande! Sim, talvez! Mas todos aqueles que passam por uma infância com algum espírito de sacrifício, são aqueles que em adultos facilmente vencem as adversidades da vida! Mas será que muitos dos que evitam expor as crianças a tão elevado esforço, não serão muitos dos que exigem, várias vezes por semana, sacrifícios desportivos ou culturais para que estejam ente os melhores! Nem numa, nem noutra vejo qualquer tipo de problema, desde que não haja exageros. É com sacrifícios que se forma grandes personalidades. E se de tenra idade se habituarem a alguns sacrifícios, num futuro, o que para muitos são dificuldades, para eles serão sacrifícios banais! Mas como não é a sociologia que me move, mas sim a fotografia, deixo estas reflexões para os entendidos e apresento os retratos de um povo pequenino serão o futuro de um país!
Estes também são retratos da Romaria da Senhora D’Agonia.
O primeiro quadro pode bem ser a recriação de uma imagem da fotografia do principio do século XX, onde a progenitora aparece com o filho ao colo com indumentária da época.
Na sua inocência, algumas já revelam umas postura própria do desfile, representando condignamente o traje regional minhoto.
Eles são menos que elas, mas estão presentes. Alguns, usam a arte da pedrada, mas em vez de pedras lançam pedaços de boroa para o público que assiste. Ato que é já tradição, quer por crianças, quer por adultos, e que não imagino a sua origem!
Retratos que farão história com olhares que ficam na memória.
É olhar peculiar que muitas vezes fitam quem os documenta, num olhar fotogénico sem representação e de uma simplicidade sem igual.