Existe um património que se vai perdendo, fruto do progresso. Algo se tem feito para preservar esse património, obras de arquitectos sem canudo. Gentes que construía com o saber e que estudavam no laboratório do conhecimento ancestral e da experiência do quotidiano, sem filosofias de catedráticos, mas baseados na filosofia do saber fazer com base na experiência e na observação. Grandes conhecedores da simplicidade, sem ser arquitectos ou engenheiros, criaram obras de arquitectura e de engenharia que permitem aos catedráticos de hoje, criar obras com sabedoria quando se respeita o conhecimento e técnicas que foram testadas durante centenas ou milhares de anos.
Fruto das adversidades da evolução cultural, hoje esse conhecimento deixou de ser prático para passar a ser teórico, sendo em alguns casos bem adaptado às técnicas da construção, e noutros casos convertidos em “mixórdias” inovadoras que mais não passam de técnicas tipo “banha de cobra” para a construção que a economia do motor industrial tem que vender.
Entre a paisagem ainda agreste, um exemplar de abrigo de montanha e um exemplar de moinho de rodízio, no Parque Nacional Peneda Gerês.





A filosofia é, como penso, o campo da simplicidade e dos simples.
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