
A essência está na luz que se torna essencial à imagem porque sem ela não se forma a “grafis”. Essa “fós” tão essencial que pela câmara escura deixa-nos grafitar. E se fotografar é um prazer, o maior prazer que a fotografia proporciona é o de constatarmos, na análise dos registos efectuados, que o resultado do momento foi conquistado na supremacia e na glorificação da imagem!
Avesso a concursos, faço constantes concurso comigo mesmo, tentando superar-me! Nunca sinto o valor da vitória porque a cada patamar conquistado necessito avançar ainda mais para o próximo nível com a convicção de que nesta escalada quando atingir o ultimo patamar, será o anterior ao seguinte, numa sequência de conquistas futuras infinitas.
Por isso, cada imagem que se faça em consciência, para além de um registo que se possa considerar apelativo, aos olhos dos sensíveis, é parte do seu fotografo e da sua personalidade. Assim sendo, mais que profissional da fotografia, o fotografo terá que ser um grande amador, por amar a arte de “grafis” com “fós”.
O local onde foi possível o congelamento desta imagem de luz é a mágica Praia Norte em Viana do Castelo.
Nota de editorial: Este artigo foi escrito ao som do concerto de “Laurie Anderson in concert at Luminato Festival”.