Eles não estavam lá! Faltaram ao festim, mas deixaram-me passear pelo mundo deles! Talvez me tivessem confundido com os vândalos que são capazes de destruir da forma mais gratuita a natureza que os protege! São tão raros aqueles que respeitam a natureza que eles tem medo de todos os que se assemelham a humanos!
Da mesma origem genética que os humanos, os gnomos foram ficando cada vez mais pequenos e são os pequenos protectores de pequeníssimas porções de natureza! Os homens não! Cresceram e ficaram grandes! Grandes em termos fisionómicos e enormes no que respeita à falta de respeito pelo próximo e pelo afastado! Enormes a destruir a natureza! Enormes na ganancia!
É por isso que os gnomos não se deixam ver! Os homens cresceram e o coração ficou pequenino, mas os gnomos não podem transportar o coração no interior do seus reduzidos corpos! Cada gnomo tem um coração do tamanho de um milhão de corações de humanos! Eles aprenderam a respeitar a natureza que os ajuda a sobreviver!
No dia em que os corações dos gnomos e dos humanos tiverem a mesma dimensão, não existirá vida ou apenas existirão parasitas, vermes, vírus e bactérias!
Existirão cidades fantasma, bancos cheios de notas inertes a serem devoradas por seres vermiformes, fungos carunchosos a crescer por todo o lado e depois de tudo destruído e mais 10 000 000 de anos, talvez surja outro hominídeo que saiba respeitar a natureza e já não haja necessidade de haver gnomos!
Excerto do hemisfério direito do cérebro de; Rafael Peixoto