A via láctea, a galáxia onde viajamos no imenso universo, é a única galáxia que podemos observar à vista desarmada! Ela desenha-se no céu nocturno e pode ser observada em determinados locais e condições de luz muito especiais. As melhores condições para observar é longe de locais urbanos (sem iluminação), condições de humidade relativa do ar muitos baixas e em noites de lua nova, mesmo antes dela nascer, muito embora, quando na fase de lua nova, pouca interferência haja. Registá-la é bem mais difícil porque a luz crepuscular é quase insuficiente para sensibilizar o sensor, sendo necessário o recurso a longas exposições e sensibilidades de ISO elevadas, para além da manipulação das definições da câmara fotográfica relativamente à compensação de brancos e níveis de contraste e nitidez.
O fascínio que o universo cientifico exerce sobre mim, tem-me levado a apurar a técnica de registo da via láctea, sendo esta mais uma fase de tentativa de obtenção do melhor resultado. Embora satisfeito, dadas as condições de registo, onde a luz urbana ainda teve uma forte interferência e o excessivo vento que não é compatível com as longas exposições, associado a um teor de humidade relativa do ar superior ao desejado, continuarei a procurar cada vez melhores condições, tal como o companheiro de aventura, Vitor Lomba, que movidos por este tipo de fotografias, permitiu que fossemos capazes de suportar muito vento frio, no período das 23h30 às 4h30, Tendo abandonado o local sem que vontade houvesse para o fazer.
Há cerca de um ano atrás, fiz uma tentativa espontânea de registo da via láctea, sob o titulo, “#Via lactea / milky Way“. Pelas condições do momento, já na altura acreditei ser possível fazer melhor, tal como agora. Quem sabe, nos próximos tempos, possa apresentar um resultado ainda melhor.